A dificuldade de lidar com a dor da rejeição e ver alguém partindo

quarta-feira, 14 de maio de 2025


Tem uma dor que não cicatriza direito. Uma ferida que fecha por fora, mas sangra por dentro.
É a dor de ser deixada.

De ver alguém atravessando o portão e indo embora sem olhar pra trás.
Já senti isso uma vez. Achei que tinha sobrevivido. Achei que tinha aprendido. Mas aqui estou eu de novo, perguntando pra mim mesma o que é que eu tenho de errado.

Aconteceu de novo, 
Ele chegou como uma brisa leve, um filme britânico indie daqueles que a gente assiste numa madrugada insone achando que a vida é poesia, que tudo é possível, que basta amar.
Ele era sorriso, era cuidado, era desejo — e eu quis acreditar. Me entreguei. Dei o melhor de mim. Abri as portas, os medos, os traumas. Mostrei quem eu era sem maquiagem, sem filtro, sem armadura.
E, mais uma vez, não foi o suficiente.

Ele partiu. Não com gritos. Não com drama. Mas com aquele silêncio cruel de quem simplesmente... não fica.
É esse o tipo de rejeição que mais me dilacera. A que não tem explicação, nem fechamento, nem aviso prévio.
Ele foi embora e eu fiquei aqui, sentada nos escombros de mais uma esperança quebrada, tentando entender por que toda vez que eu amo, o outro vai embora.

Será que sou demais? Ou de menos?
Será que assusto? Será que canso? Será que o problema é essa minha mania de sentir tudo com intensidade, como se amar fosse um ato de sobrevivência?

Eu sei que sou intensa.
Sei que entrego tudo.
Mas também sei o quanto é cruel viver nesse ciclo de ser abandonada, como se meu coração fosse um Airbnb de passagem — confortável o bastante pra um fim de semana, mas nunca pra construir uma casa.

E o pior da rejeição nem é o outro ir embora.
É o que ela acende dentro da gente.
A voz que diz: “Tá vendo? Você não é amável o suficiente. Nem desejável. Nem digna.”
Eu tento calar essa voz, juro. Mas às vezes ela grita mais alto que minha razão.

Hoje, eu não tenho final feliz pra oferecer nesse texto.
Não tem superação.
Não tem aprendizado embrulhado pra presente.
Hoje só tem lágrima. Tem peito aberto. Tem dor.

E tem a promessa silenciosa que faço a mim mesma: de continuar.
De chorar tudo o que for preciso.
De acolher a mulher ferida que mora em mim.
De, quem sabe, um dia, aprender a amar sem medo de ser deixada.

Mas hoje não.
Hoje eu só quero gritar pra quem quiser ouvir: dói pra caralho ser rejeitada.
Dói ver alguém que você ama virar as costas.
Dói sentir que, de novo, você ficou.

E se você já sentiu isso, eu te abraço daqui.

Na verdade, acho que a gente se abraça — todas nós, mulheres que já amamos alguém que não ficou.
A gente se encontra nesse lugar de dor, de esperança que insiste, de amor que ainda pulsa mesmo machucado.

Um dia passa.
Mas hoje, não.

Love bombing: quando o amor chega como avalanche (mas não fica)

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Por Janaína Arruda – Janaland

Era amor demais para pouco tempo. Olhares que pareciam eternos através da tela, palavras doces ditas com sotaque estrangeiro, promessas de um futuro onde só existíamos nós dois. Eu, intensa como sou, me derreti — e ele sabia disso. Foi aí que aprendi: existe uma diferença enorme entre amor intenso e amor verdadeiro.

O que vivi com the brit — e só hoje consigo nomear — tem um nome: love bombing.
E não, não é amor. É manipulação disfarçada de romance.

O que é love bombing?

Love bombing é uma tática emocional onde alguém te envolve rapidamente com demonstrações intensas de afeto, elogios exagerados, promessas grandiosas e juras de amor eterno, tudo em pouquíssimo tempo. Parece conto de fadas, mas é armadilha.

A intenção não é amar, é te prender. Criar dependência. Te fazer acreditar que você encontrou o amor da sua vida — e quando você finalmente se entrega, a pessoa começa a sumir, esfriar, se ausentar. E você fica ali, perdida entre o que foi prometido e o silêncio que ficou.

Como identificar?

  • Tudo é muito intenso, muito rápido

  • Ele te chama de “amor da vida” antes mesmo de saber seu prato preferido

  • Há muitas promessas, mas poucas ações consistentes

  • Aos poucos, a comunicação muda: você passa a se sentir ignorada, insegura, ansiosa

  • Você começa a se culpar por sentir demais

  • Ele diz “você é demais” — mas não está lá quando você precisa

O que fazer?

  • Confie nos sinais: a ausência diz mais do que mil palavras.

  • Resgate seu centro: quem ama de verdade não desaparece.

  • Não se culpe por ter acreditado: o problema nunca foi amar demais. O problema foi ele não amar o suficiente.

  • Não aceite menos do que você oferece. Você não nasceu para ser metade de nada, nem para viver mendigando migalhas de atenção de quem dizia te amar.

Hoje eu olho para tudo isso com mais amor por mim mesma. E se você também já viveu algo assim — ou está vivendo — saiba: você merece um amor que permaneça. Que não suma no silêncio. Que lute para ficar.

E até esse amor chegar, que o seu próprio amor seja o mais bonito de todos.

📍Lugares extraordinários (sem perrengue) para pedir em casamento

sexta-feira, 9 de maio de 2025

💍 Vai pedir em casamento e quer causar impacto (sem ter que pular de um helicóptero)? Calma, a gente te ajuda. Aqui vão 5 lugares especiais e certeiros no mundo pra ouvir o tão sonhado “SIM” — e ainda render foto bonita pro feed:

  1. Torre Eiffel acesa – Paris, França
    Clássico? Sim. Brega? Talvez. Mas funciona. Espera anoitecer, deixa a torre piscar e se ajoelha. Boom. Pedido com selo de aprovação do Pinterest.
  2. Passeio de barco no rio Sena – Paris
    Se você quer uma versão mais romântica e menos “turistão com selfie”, o Sena entrega. De noite, com as luzes refletindo na água… difícil dizer não. 
  3. Debaixo da aurora boreal – Tromsø, Noruega
    Não é magia, é ciência. E também é o cenário mais surreal pra dizer “quer casar comigo?”. Melhor época: de setembro a março.
  4. Festival das Lanternas – Chiang Mai, Tailândia
    Milhares de lanternas subindo no céu. Um pedido aqui é praticamente cinematográfico. Só cuidado com a concorrência: esse é o Super Bowl dos pedidos.
  5. Brooklyn Bridge Park – Nova York, EUA
    Vista linda de Manhattan + pôr do sol + skyline de filme. Dá pra ser simples e impactante ao mesmo tempo. E não, não precisa fazer o pedido na Times Square, por favor.

Bônus:
Amalfi Coast, Itália
Pede um prosecco, senta num terraço em Positano, e deixa a paisagem fazer o trabalho. Ponto extra se o anel vier junto com um prato de massa.