Por que a gente se veste? (spoiler: não é só pra não ser presa, tá?)

quarta-feira, 18 de junho de 2025

 

Senta aqui, pega um café (ou uma taça de vinho, dependendo do caos do seu dia) e me responde:

você já parou pra pensar por que a gente se veste? Tipo... além do óbvio “porque andar pelada dá processo”?

Pois bem. Hoje eu quero te contar uma coisa que talvez você já sinta, mas ainda não colocou em palavras:
roupa é linguagem. Moda é código. E se vestir é se comunicar.

👀 Sim, a roupa fala.

Quando você coloca um vestido preto, batom vermelho e salto, você está dizendo alguma coisa.
Quando você coloca uma camiseta branca, jeans e tênis, você também tá.
E quando escolhe aquele moletom surrado que parece um abraço de ex que não traumatizou, tá dizendo MUITO.

A gente se veste pra se mostrar, pra se esconder, pra performar, pra pertencer, pra afrontar, pra seduzir, pra buscar respeito, pra chamar atenção ou fugir dela.

É por isso que a moda nunca é só vaidade.
É discurso. É manifesto. É identidade visual sem precisar abrir a boca.

⏳ E isso vem de longe, viu?

Desde que o mundo é mundo (ou pelo menos desde que Eva olhou pra folha e pensou “acho que essa ficaria melhor com um cinto”), a roupa teve função simbólica.

Na Idade Média, por exemplo, só a nobreza podia usar certos tecidos. Porque roupa era sinal de poder.
No século XX, os movimentos culturais explodiram na roupa: os hippies com suas batas e franjas, os punks com seus coturnos e alfinetes, os góticos de preto até a alma, os clubbers dos anos 90 como arco-íris ambulantes.

Cada look dizia:

“Ei, eu sou assim. E ando com essa galera aqui.”

Ou seja: roupa é um GPS tribal.

🤘 A roupa te conecta com a sua galera (ou te desconecta de propósito)

Se você sai de terninho num show da Pitty, você comunica deslocamento.
Se você vai trabalhar de cropped e coturno no RH de uma multinacional careta, você também tá dizendo que não tá ali pra jogar o jogo dos outros. (E às vezes, essa é MESMO a intenção.)

Moda é um código.
Um sistema visual cheio de referências culturais, sociais, políticas e emocionais.
E a gente aprende a decifrar esses códigos desde sempre, mesmo sem perceber.

Quem nunca julgou uma pessoa só de olhar o look? Quem nunca se sentiu julgada também? Pois é.
Bem-vinda ao jogo da semiótica fashion, querida. Ele é cruel, mas é real.

✨ E aí, o que você quer dizer hoje?

Você pode usar a moda pra gritar, pra sussurrar, pra se camuflar, pra se empoderar.
O importante é lembrar que vestir é um verbo. É uma ação. É uma escolha que diz algo — sobre você, sobre o mundo, sobre o que você quer ou não mostrar.

No fim, a pergunta não é mais "por que nos vestimos?"
Mas sim: "o que eu quero dizer com essa roupa?"

E aqui em Janaland, você sabe:
pode dizer o que quiser — desde que seja com estilo, propósito e aquele toque de rebeldia afetiva que a gente tanto ama.

Beijos da sua cronista de guarda-roupa,
Jana 🖤

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