Como a pandemia do novo coronavírus tem afetado nossas relações e percepção de mundo

terça-feira, 24 de março de 2020

ETIM gr. pandēmía,as 'o povo inteiro'
 
 Covid-19 / Naeblys/istock

Se me contassem a alguns meses atrás que iríamos ver nossos governantes usando máscaras protetoras em coletivas, que agora são transmitidas online para evitar contato, e que ficaríamos “presos” em casa sem poder sair na rua e evitar qualquer contato social por conta de uma praga invisível, eu acho que riria da pessoa e diria que ela anda vendo muito filme de ficção ou lendo muitas teorias da conspiração.

E não é que aconteceu? Aquilo que víamos nos filmes como uma situação distante e improvável, Contágio foi o primeiro que me veio à mente, máscaras, luvas, isolamento, cidades vazias.

  Presidente e equipe

Cidades que conhecemos por receber milhares de turistas por dia e ter circulação quase infindável de pessoas, vazias. Como um filme pós apocalíptico.

 São Paulo vazia

Uma coisa que nunca imaginei com minha capacidade limitada de raciocínio foi ver Paris, São Paulo e outras grandes capitais turísticas completamente vazias. A não ser em uma viajação de, sei lá, uma 3º Guerra Mundial.

 Arco do Triunfo - Paris, vazio

Mas um vírus, uma coisa microscópica que ninguém pode ver, como uma sombra ou a “mão invisível” ter um poder tão devastador de aterrorizar e matar pessoas.

E pensar que algumas pessoas, cientistas já haviam previsto chega a dar um frio na espinha.

E para mim que acompanho notícias diariamente, pela profissão de jornalista, tem sido momentos de tensão, especialmente de saber que estamos apenas no começo!

Os números não param de crescer e a tendência é que seja um crescimento exponencial em todas as frentes: casos confirmados, mortes. Estudos apontam que ela pode atingir 40% da população global, com pelo menos 45 milhões de mortes!

É um número muito grande de pessoas que serão afetadas e que são próximos da gripe espanhola que dizimou 50 milhões de pessoas e infectou outros 500 milhões. O cenário é simplesmente assustador.

As relações pessoais foram afetadas também e aqui em casa não foi diferente. Não vejo mais meu sobrinho que mora no mesmo condomínio desde que tive de fazer uns exames e isso tem me consumido, pois esse pequeno era minha fonte de alegria e de contato humano diário com seus abraços e beijos. É difícil para todo mundo, mas necessário.

Hoje somos eu e minha mãe aqui e minha irmã que mora em outra cidade está em casa isolada em quarentena, pois ela é fisioterapeuta, desde que as clínicas que ela trabalha fecharam. Está esperando dar o prazo de pelo menos 14 dias, que é – segundo Ministério da Saúde – o prazo máximo estimado (pois ainda é um vírus desconhecido) para manifestação dos sintomas.

Se tudo der certo ela vem para casa e seremos nós três encarando juntas essa fase tenebrosa.

O que podemos fazer nessa época incerta é além de seguir as recomendações dos órgãos de saúde de lavar as mãos, evitar contato e ficar em casa. É também cuidar da nossa saúde mental, pois ficar de certa forma preso em casa pode afetar nossa mente e por isso devemos procurar manter uma rotina.

Se está trabalhando remotamente organize seus horários, se precisa sair para ir ao mercado ou farmácia, tome as precauções. Faça uso de serviços delivery sempre que possível e cuide dos seus parentes idosos que estão com você, pois além de serem grupo de risco, tendem a ser mais teimosos.

É isso, se estiver lendo esse post, se cuide por favor e cuide dos seus!
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