Fui em um grupo de terapia e foi a melhor coisa que eu fiz!

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Dias atrás eu participei e um grupo de terapia aqui em Cuiabá chamado "Mulheres que olham para si". A minha amiga Ingrid quem indicou a psicóloga Aline Emanuelle, pois ela estava participando do grupo de forma online (solução encontrada pela Aline para ajudar mulheres na pandemia). 

Entrei em contato, vi valores, se atendia meu plano de saúde, mas acabou não rolando porque ela não atendia pelo meu plano e eu não tinha grana para pagar as sessões. Eis que ela disse que iria voltar com os grupos (que te um valor simbólico, mais acessível) e fiquei animada. Tão animada que fiz uma entrevista linda com ele para o site que trabalho, veja aqui se quiser conhecer essa psicóloga foda melhor. 

Cheguei faltando 5 minutos para começar, o que é um marco para mim que vivo brigando com o relógio e sempre atrasada. Cheguei, dei boa noite e disse que era Janaína (para ela saber que sou eu, pois todo mundo estava de máscara) e me sentei, ansiosamente esperando o começo. 

Fiquei meio tímida, mas sempre com algo entalado na garganta querendo por para fora. Na entrevista já tínhamos conversado um pouco e achei a Aline tão acolhedora com sua voz calma e serena. 

São tantas histórias de mulheres que passam por transtornos reais (não que os meus não sejam), que me senti pequena. E quando coloquei minhas questões em pauta, aquelas que doem, incomodam, me fazem sentir um lixo como ser humano, o que tive foi compreensão e acolhimento. 

Em momento algum me senti julgada, ou houve qualquer coisa nesse sentido para quem ali, no meio de desconhecidos abria sua alma e coração. 

Como é bom poder falar das nossas dores, do que nos aflige, independente do tamanho. Cada dor é única e sentimos ela de formas diferentes. Minha experiência não pode ser usada como medida da sua, nunca. 

As dores e questões se dão de forma diferente em cada ser humano e foi isso que senti ali! Histórias únicas que tinha um olhar acolhedor e a vontade de dar um abraço caloroso para confortar, mesmo não sendo possível naquele momento. 

Atualmente estou na espera da liberação do meu plano de saúde para sessões de terapia, tenho transtorno bipolar diagnosticado em novembro de 2019 que foi confirmado por outro psiquiatra em agosto deste ano. Tomo medicação para isso, antidepressivos por conta das crises de ansiedade que comecei a ter na pandemia, especialmente quando precisei trabalhar in loco

Graças ao bom Deus que meus chefes foram muito compreensivos comigo e me permitiram trabalhar em home office, mesmo quando todo mundo voltou ao escritório. 

Mas o que quero dizer com tudo isso é que independente dos transtornos e dores, procurar ajuda é o primeiro passo. Encontrar alguém para te ouvir, nenhuma dor é pequena ou insignificante, que você consiga ter um grau de afinidade, vai ajudar - E MUITO - a passar pelos processos. 

Vou continuar no grupo, no qual me senti acolhida e "normal", pois todo mundo estava ali no mesmo barco, independente de estar fazendo consultas com um outro psicólogo pelo plano de saúde.

Pois tive a sensação, que até disse lá de "não estou sozinha" e isso é maravilhoso! Não me sentir sozinha nas minhas dores, nóias e transtornos. 

Procure ajuda se passa por algo do tipo, você irá agradecer por ter feito isso por você".

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