A série Coisa Mais Linda da Netflix é á coisa mais linda que irá ver! #BEDA

terça-feira, 2 de abril de 2019

Não poderia perder o trocadilho! Eu, piadista que sou... Pelo menos eu acho, porque outros dirão que não tenho senso de humor! Hahaha

Anyway, seguindo com o #BEDA que para quem não sabe quer dizer Blog Everyday Day in April, ou seja: blog todo dia em abril. É a versão blogger do #VEDA que é usada no Youtube e foi uma sensação durante muito tempo. 
Hoje talvez esteja em desuso e eu particularmente nunca sequer tentei fazer por achar que não dava conta. Mas como hoje não corro mais dos desafios e estou treinando minhas capacidades e limites, resolvi arriscar. 
Veremos no que dará essa audácia dessa que vos fala. 


Fiz uma versão encurtada dessa mini resenha lá no Instagram da Janaland, mas duas coisas que me dei conta: a primeira é que são públicos diferentes os de lá e os de cá, e a segunda é que o espaço lá não permite elaborar muito, deixando várias coisas que gostaria de apontar de fora. A título de curiosidade um post do Instagram tem 2000 caracteres de espaço. E para quem gosta de escrever como eu, é um martírio.

No blog a criatividade podem aflorar sem limites! Então trouxe para cá a versão completa das minhas impressões sobre Coisa Mais Linda da Netflix.

Vem comigo!

COISA MAIS LINDA estreou na NETFLIX dia 22/03. São 7 episódios que devorei em um dia! Comecei em um sábado de bad e só parei quando acabou!

A série se passa no Rio de Janeiro boêmio no final dos anos 50, então esperem figurinos maravilhosos! Aliás, a caracterização de época é um capítulo à parte.


Mas esse é um mero detalhe dentro da produção que é sobre mulheres, sua força e suas lutas dentro de uma sociedade machista. Onde mulheres tem o papel de esposas, mães e troféus. Outros tempos outras lutas (será?), mas ainda assim, essa força que brota em cada uma de nós nos momentos mais desesperançosos está capturada ali, frame a frame.
A medida que acompanhamos suas histórias, nos desesperamos por elas, queremos gritar junto, romper as barreiras, dar um chacoalha em cada uma delas. 


Não se engane pelos 20 minutos iniciais com uma (ainda) Maria Luíza mimada, com ataques forçados de loucura e alguns gritos. Ela está tendo seu momento catártico e à medida que vamos conhecendo-a, esse jeito meio forçado vai nos conquistando até estarmos totalmente envolvidos.
Pois esse jeito dela, meio mimado, sem noção, de frases prontas que são puro clichê, são parte de sua personalidade e charme. No fim das contas ela vai lá e faz acontecer!

Sua saga tem muito da Jornada do Herói (para quem ficou curioso sobre o que se trata, deixei um link aqui) e talvez por essa forma de construção narrativa, seja tão cativante. Vi muitas similaridades com The Marvelous Mrs. Maisel, série da Amazon Prime que se passa na mesma época, só que em NY (que já está engatilhada para ser postada também ;D).


E tem a mesma premissa e pensando bem são parecidíssimas mas não vou dar spoilers. Aliás, se gostarem de uma, veja a outra! Ambas são com mulheres avant-garde, precursoras, à frente do seu tempo.

 Só esse gif que não sou de ferro! The Marvelous Mrs. Maisel, disponível na Amazon Prime.

A trilha sonora é uma personagem à parte e deixa a produção ainda mais incrível e deliciosa. E os homens, são meros coadjuvantes para contar as histórias de Malu (Maria Casadevall), Adélia (Pathy Dejesus), Thereza (Mel Lisboa) e Lígia (Fernanda Vasconcellos). Cada uma tem uma luta, uma dor e vai demonstrar a força dessa mulher em algum momento da trama.


A Lígia (Fernanda Vasconcellos) é a esposa perfeita de um marido aparentemente perfeito. Ele é de família influente e pretende se lançar como candidato a um cargo político. Então são intermináveis jantares, encontros, sozinhos e poses de família de comercial de margarina. Mas Lígia tem um sonho, que deixou adormecido quando se tornou esposa. E esse reencontro com sua amiga de infância (Malu) vai trazê-lo acordar. E esse desejo crescente vai de encontro aos interesses de seu marido. 


Thereza (Mel Lisboa) é quem parece que está mais liberta das quatro. Trabalha em uma revista feminina (escrita por homens, pasmem!), empoderada, com seu casamento moderno para os padrões da época, um marido apaixonado e admirador dela, parecia tudo perfeito. Mas ela tem uma dor, que assim como o sonho de Lígia, irá vir à tona.


Adélia (Pathy Dejesus) é a mais oprimida das quatro. Pois se os direitos das mulheres no final dos anos 50 era mínimo. Imagina para uma mulher, negra, pobre, mãe solteira? Nós, digo os brancos, não temos a mínima noção do que eles passam. Coisas tolas que para nós é tão garantido e banal quanto respirar, eles precisam lutar para ter o direito. Um exemplo dolorido? Enquanto trabalha como empregada em um prédio, o elevador de serviço está quebrado. O elevador social (que está ao lado) funciona perfeitamente. E ela pode entrar nele? Claro que não! Sem palavras... 

E seu encontro e união com Malu vai abalar as convicções e crenças de ambas! É extasiante!

E juntas elas vão longe!

E nos inspiram do lado de cá!

Elas se unem, se apoiam e se respeitam! É sobre feminismo? Não saberia dizer, mas acredito que toda a luta das mulheres seja uma faceta do feminismo. É sobre sororidade? Acredito que sim! É a coisa mais linda que já vi recentemente? Com certeza!


Fiquei com medo do final acabar em um clichêzão, mas longe disso, é arrebatador e com gancho para uma segunda temporada!

Vejam, me contem e não se arrependam!
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